sábado, 24 de julho de 2010

Os trabalhadores e a juventude querem ter voz ativa!

Contra a criminalização da pobreza e dos que lutam por direitos!
Por Alexis Pedrão
Candidato a Dep. Estadual 50500


Reivindicar direitos é uma prática constante na nossa sociedade. Num mundo onde segundo dados da ONU em 2010, cerca de 1,2Bi de seres humanos passam fome ou vivem em situação de desnutrição, isto é, uma a cada seis pessoas passam por essa situação todos os dias, é bastante compreensível que não fiquemos parados. Rebelar-se, mais que uma vontade de mudar as coisas, é uma necessidade. A agonia social não pode mais continuar. É preciso enfrentar o sistema.

Esse é o sentimento de miseráveis, oprimidos e trabalhadores de todo o mundo. As lutas são várias e vão desde água, comida e moradia, até melhoria dos salários, vagas na escola pública, combate ao racismo, defesa do meio-ambiente e tantas outras manifestações políticas. Entretanto, como não poderia deixar de ser, o capitalismo é permeado de contradições insolúveis. O mesmo Estado Democrático de Direito que deveria fornecer direitos sociais para todos e não o faz, é o mesmo que reprime a população quando esta procura pela ação direta – pois já está cansada de esperar os poderes estabelecidos – a efetivação, a conquista de seus direitos.

No Brasil e em Sergipe esse paradoxo é seguido à risca. E por isso precisamos resistir e denunciar esses abusos. A burguesia não seguirá impondo suas políticas sem o nosso combate. Utilizaremos bem o curto espaço destas eleições para “botar a boca no trombone”. Não nos esquecemos das inúmeras greves consideradas ilegais pelo Tribunal de Justiça, inclusive a do SINTESE – o maior sindicato do estado – que foi tornada ilegal a partir de um pedido do Governador e julgada pelo seu cunhado. Estamos aqui para relembrar a desocupação truculenta do MOTU no kartódromo da av. Maranhão e das invasões absurdas na comunidade do Pantanal na zona sul da capital, realizadas pela polícia.

Não nos calaremos diante de mentiras de que agora o governo é de todos quando a nossa militância responde inquérito na polícia federal simplesmente porque se organizou para pedir um plebiscito sobre a aprovação do REUNI na UFS. Eles preferiram aprovar nas férias com alguns poucos conselheiros. Estamos com as torcidas organizadas que tem a certeza de que houve mudança. Mas para pior. Pois hoje elas estão impedidas de entrar e fazer a festa no Batistão. Ora, quem são as torcidas organizadas senão jovens e negros, da periferia, em sua grande maioria? Também não concordamos com a violência nos estádios e no futebol, mas negar o acesso da juventude a uma de suas poucas opções de lazer não nos parece o melhor caminho.

Por todas essas questões e muitas outras afrontas aos direitos do povo pobre, dizemos: O PSOL e suas candidaturas são contra a criminalização e perseguição aos movimentos sociais e o conjunto dos lutadores! Contra a criminalização da pobreza! Essa será uma de nossas bandeiras mais fortes, porque os poderosos podem até boicotar os nossos direitos, mas seguiremos firmes na batalha, pois nunca calarão a nossa voz!

"En la lucha de clases, todas las armas son buenas: piedras, noches, poemas."
Leminski

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